O que lhes dizer, meus dez leitores, colaboradores, anfitriões (às dezenas) - que me hospedaram de graça, país afora, nestes 30 anos de estudos sobre o Brasil? Leiam o livro, em que estão pouco mais de 150 artigos e ensaios dos mais de 2 mil que escrevi. Minhas universidades são o Brasil, meus títulos acadêmicos, as incontáveis aulas nas universidades livres do país das Amazonas, das caatingas e carrascais do Nordeste, do Sertão da Farinha Podre, dos Campos de Cima da Serra, dos mares e terras do Chuí, das Chapadas e do Pampa, das montanhas de Minas; da Hiléia ao Pantanal, do Sertão da Pinte Pensa e do Siará Grande, da Chapada do Araripe e da Serra da Ibiapaba, dos Gerais do Urucuia, do Vale do Paraíba e da Serra do Rio Rastro, do Inhamuns, das estâncias guascas e dos rios destes Brasis, em que naveguei umas 60 mil milhas. Meus cursos de pós-graduação, meu mestrado e doutorado fiz no convívio e na troca de informações com grandes nomes da cultura nacional, nos grandes livros escritos sobre esta Terra Papagallorum e com o povo brasileiro.
Nunca tive outro ideal, desde 1972, exceto conhecer e estudar o Brasil. Vi, ao longo da jornada que eram muitos. São "Dez Brasis" ou mais. Não apenas "Os Dois Brasis", como escreveu Jacques Lambert.
Ao Brasil, aos amigos, aos que consideram meu trabalho, dedico esta coletânea de ensaios sobre o Brasil, de cujo futuro grandioso não duvido, mas não sei, também, quando virá.
Não valorizem as imperfeições deste livro, as limitações do autor, e sim o que nele existe de Amor ao Brasil, de registro autêntico de nosso povo na sua essência e simplicidade.
Felicidade, emprego e saúde para todos!
Jorge Baleeiro de Lacerda
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